A tecnologia 5G exige faixas de alta capacidade, acima da frequência de 20 MHz. No Brasil, ela terá que trabalhar também em outras frequências. Isso para dar conta da demanda nacional por 5G.
“Até agora ficou definido apenas que a faixa de 3,5 GHz será destinada ao 5G. Liberar outras faixas de frequência, como a de 1,5 GHz e de 2,3 GHz, seria muito bom para as operadoras e o Brasil”, defende João Carlos Fernandes, do Instituto Mauá de Tecnologia.
Para o 5G ganhar fôlego no Brasil, organizar o arcabouço regulatório é outro fator prioritário. Já que a carga tributária de 43,9% (sem contar com outros impostos, como o ICMS e o PIS/Cofins), representa um grande entrave para a adoção da tecnologia 5G em nível nacional.
O uso do 5G no Brasil
Diversos aspectos para acelerar a oferta de 5G vêm sendo estudados no mundo todo. Porém, uma das necessidades brasileiras parece negligenciada em mercados internacionais, a transmissão de longa distância.
Levar internet 5G para áreas remotas e pouco povoadas do Brasil é essencial não só para cumprir um importante papel social, mas para permitir a inclusão do agronegócio, oferecendo uma rede estável e de alta vazão no futuro, para este setor que é o motor do PIB brasileiro.
Agronegócios
Os produtores rurais serão beneficiados com uma rede de cobertura nacional e que permita a automação do controle do gado no pasto, uso remoto de colheitadeiras, de dispensadores de defensivos agrícolas, entre outros.
Vegetação
O controle das áreas de vegetação florestal do Brasil será um dos grandes beneficiados pela adoção da tecnologia 5G. Por meio de inteligência artificial e do monitoramento remoto em tempo real, o 5G será uma importante arma para a proteção da cobertura vegetal nacional.
Educação
Maior velocidade e capacidade de transmissão de dados dará impulso para o acesso e o desenvolvimento da educação a distância no Brasil.