Fazer prognósticos é uma importante ferramenta para planejar o futuro. Embora seja difícil determinar como será a vida daqui a 10, 20 ou 30 anos, alguns indicativos, presentes no repertório social, são capazes de mostrar a direção em que estamos indo.
Entretanto, as tendências não são imutáveis. E as relações sociais e de trabalho experimentam constante adequação. Quando olhamos para o mercado de trabalho, à medida que novas demandas são identificadas – na esteira das mudanças sociais, econômicas e de desenvolvimento –, as profissões do futuro passam a ser configuradas.
Na hora de escolher a profissão ou uma nova ocupação (para aqueles que já trabalham), saber as áreas que oferecem as melhores perspectivas de empregabilidade no futuro pode fazer a diferença. E ainda ser determinante para a escolha da carreira.
As profissões do futuro surgirão na esteira do desenvolvimento das tecnologias: Data Science, Inteligência Artificial, Cognificação, Optical devices, Biopotenciais, Wearables, Realidade Virtual, Biomateriais, Robótica, Cybersecurity, Neurohacking, IoT - Internet of Things, Análise Preditiva, Big Data, Prototipação 3D, Nanotecnologia, Design Thinking, Deep Learning, Cloud Computing e Data Mining, tudo em prol de maior assertividade e velocidade, no intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Como será o mercado de trabalho do futuro
Estamos assistindo à uma rápida fusão de tecnologias, que vem transformando radicalmente a formatação das empresas, a função dos profissionais dentro delas e a maneira como as pessoas consomem, estudam e se relacionam. E a inteligência artificial começa a ser adicionada a qualquer dispositivo que interagimos.
“Neste contexto, temos um processo que estamos chamando de cognificação. Hoje já temos diversos gadgets com alguma inteligência artificial, mas a tendência é que tenhamos uma grande oferta de sistemas inteligentes on demand, para que possamos utilizar nas mais diversas funções, nos ajudando a resolver problemas de forma mais assertiva e rápida”, aposta o diretor acadêmico da FIAP, Wagner Sanchez.
É mais uma etapa da Revolução Industrial que está em curso. Depois dos avanços experimentados, potencializados pelo uso da eletricidade, teve a abertura dos mercados/a Globalização, e, em seguida, veio a Internet, agora é a vez da Inteligência Artificial, que vem para cumprir a 4ª etapa desta Revolução e criar a nova sociedade e as profissões do futuro.
“Estamos no princípio de um novo paradigma que pode proporcionar uma nova etapa na evolução da humanidade. A era da cognificação pode significar uma mudança no modo como resolvemos os problemas atualmente: a inteligência artificial estará muito mais presente em nossas vidas, convivendo com a inteligência natural em busca de novas soluções” prevê Sanchez.
Se por um lado as máquinas parecem ganhar espaço na sociedade, a humanização é uma tendência em expansão, principalmente, dentro das profissões do futuro na área da saúde.
“Nota-se que algumas áreas parecem despontar nos últimos cinco anos, entre as quais, as que englobam profissões que favoreçam a qualidade de vida das pessoas, o lazer, o desenvolvimento da tecnologia e os cuidados com a preservação ambiental”, acrescenta a doutora e mestre em Psicologia e docente da UNOESTE, Camélia Santina Murgo, para quem as apostas para o futuro estão divididas em:
- Qualidade de Vida, Lazer e Entretenimento (Psicologia, Medicina, Educação Física, Estética, Alimentos, Gastronomia, Música, Turismo com Ênfase em Hotelaria e Pós-graduação Geriatria, Saúde Mental, Terapias Integrativas).
- Tecnologias e Informação (Ciência da Computação, Jogos digitais, Sistemas de Informação, Rede de Computadores, MBA em Arquitetura de Computação em Nuvem, MBA em Tecnologia da Informação).
- Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Engenharia Ambiental, Agronegócio, Agrocomputação, Mestrado em Meio Ambiente, Pós-graduação em Gerenciamento Ambiental e Biotecnologia).