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Open banking: impactos e oportunidades

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O open banking é um modelo que promete revolucionar a forma com que fintechs, bancos e serviços financeiros de todo tipo se relacionam com seus clientes. A filosofia é simples: aqui, quem manda nos dados é o próprio usuário.

O conceito é muito novo, proveniente das recentes evoluções tecnológicas e inspirado em uma vontade de tornar a relação das pessoas com seu dinheiro mais flexível e transparente — sem se esquecer da segurança.

Para os bancos, o open banking significa conceder acesso à sua plataforma via API (interface de programação de aplicativos), para que fintechs e empresas de tecnologia criem novas funções e produtos, que funcionariam em conjunto com seu banco de dados. Para os usuários, a novidade estaria no trato com o dinheiro. A gestão seria descentralizada do sistema, site e aplicativo do banco em si.

Por exemplo, movimentações financeiras poderiam ser feitas de uma plataforma, investimentos a partir de outra e assim por diante. Ou seja, estaria na mão do cliente o controle dos próprios dados. Ele seria o responsável por decidir como realizar sua gestão, escolhendo se quer ou não compartilhar seus dados.

Open Banking: Um mundo de oportunidades

O impacto do open banking pode ser extremamente positivo. Além do potencial tecnológico, que democratiza e facilita o acesso às recursos financeiros, os benefícios em cenários micro e macroeconômicos são enormes.

“O objetivo do open banking é oferecer de forma simples um modelo online, em tempo real e gratuito. É impulsionar o mercado de crédito pela inclusão de mais de 60 milhões de pessoas “desbancarizadas”, assim como a economia nacional, porque um mercado de crédito vigoroso é um dos pilares do desenvolvimento econômico” comenta Rafael Pereira, presidente da ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital).

Aliado a isso, está a possibilidade de investimentos no setor de tecnologia, fomentando a criação de trabalhos e novos produtos para que os clientes aproveitem. “Toda a infraestrutura voltada para o open banking é uma oportunidade para essa área, já que quanto mais essa tecnologia crescer, mais aumentará o número de profissionais para o seu desenvolvimento” finaliza.

O que é Software Defined Networking? Como esta tecnologia revoluciona as redes de telecomunicações?

Article-O que é Software Defined Networking? Como esta tecnologia revoluciona as redes de telecomunicações?

Software Defined Networking

A rede definida por software (em Inglês, Software Defined Networking ou SDN) é um novo paradigma para redesenhar as redes de telecomunicações considerando o ponto de vista da engenharia de software. O argumento é que as redes atuais são essencialmente projetadas para “dominar a complexidade” por trás das tecnologias existentes, ao invés de “extrair simplicidade” das lições aprendidas [1]. Scott Shenker, um dos criadores da ideia, defende que as abstrações desempenham um grande papel na ciência da computação, protegendo o software de alto nível da complexidade existente nos níveis mais baixos. Ou seja, uma abstração nada mais é do que uma caixa preta com interfaces. O que acontece dentro da caixa preta é escondido, independente de outras funções. O que importa são as interfaces. Assim, por que não definir boas abstrações para redes seguindo esse modelo? Foi isso que despertou a criação das redes programáveis atuais.

Neste contexto, SDN significa repensar as arquiteturas de rede considerando o importante papel das abstrações [1]. Vale notar que no domínio de SDN, o termo "definido por software" (ou controlado por software) significa que alguma funcionalidade é configurada, reprogramada, alterada de acordo com algum software de controle. Assim, SDN significa estabelecer redes onde as funcionalidades dos equipamentos são controladas por softwares de controle fora dos mesmos. Esta definição inclui qualquer equipamento que possa ser usado para fazer rede, assim como qualquer funcionalidade de rede. De forma abrangente, SDN pode ser usada para redesenhar o plano de dados e controle em diversas tecnologias.

A primeira aplicação de SDN foi no desacoplamento da implementação do plano de controle do plano de dados nos comutadores das redes de pacotes. Esses passam a ser controlados por um software controlador que centraliza as decisões de encaminhamento de tráfego conforme a necessidade das aplicações. As aplicações podem configurar como preferem que os pacotes sejam encaminhados pelos nós da rede. Um protocolo de controle é utilizado para configurar uma tabela de encaminhamento de pacotes nos nós comutadores da rede através de uma interface denominada de interface sul do controlador. A tabela de encaminhamento contém um classificador de pacotes, um conjunto de ações que podem ser executadas quando um pacote encaixa em alguma classificação disponível e estatísticas. O controlador pode criar uma nova linha na tabela, portanto definindo como os pacotes são classificados e as ações condizentes. É possível criar uma regra para encaminhar pacotes que não se encaixam em outras regras para o controlador. O controlador solicita via protocolo de controle a criação de uma nova linha na tabela para atender esses pacotes. O mais conhecido protocolo de controle com esse objetivo é o OpenFlow.

As origens da SDN remontam ao projeto Ethane desenvolvido no departamento de ciências da computação de Universidade de Stanford. O projeto do comutador Ethane levou posteriormente ao desenvolvimento do protocolo de controle e do comutador de arquitetura aberta OpenFlow. Isso mesmo, os comutadores OpenFlow seguem uma arquitetura aberta conhecida por todos. Fora da universidade, as primeiras implantações com viés comercial foram feitas pela empresa Nicira em 2010 para controlar um comutador virtual chamado OpenvSwitch (OvS) desenvolvido pela Onix, com participação da NTT e do Google. A Nicira foi fundada em 2007 pelos professores Nick McKeown e Scott Shenker, e pelo aluno de doutorado Martin Casado. Em 2011, foi criada a Open Networking Foundation (ONF) [1] visando promover a SDN com OpenFlow. Em 2012, a VMware adquiriu a Nicira por US $ 1,26 bilhões.

Qual a relação com de SDN com a virtualização de redes?

SDN está relacionada a outra ideia chamada Network-as-a-Service (NaaS). Significa exportar e virtualizar os recursos de uma rede física como um serviço, ou seja, através de programas de computador. De forma mais especifica, significa ofertar fatias isoladas do serviço de encaminhamento de tráfego através da interface norte de um controlador SDN. Dessa forma, outros serviços ou aplicações da rede podem contratar o encaminhamento de tráfego em diversos nós, criando uma rede virtual que as atende. Para isso, devem interagir com um ou mais controladores SDN criando fatias isoladas da rede física. Esse é o famoso fatiamento da rede física. Cada fatia tem suas regras implementadas nos comutadores via um controlador SDN, atendendo demandas específicas das aplicações. São as chamadas Application-Aware Networks.  As aplicações enxergam redes virtuais, que na prática são configurações de encaminhamento em comutadores físicos Ethernet, Wi-Fi ou outros. SDN tem sido aplicada em data centers para otimizar o fluxo de tráfego entre servidores e em Internet das Coisas para configurar o encaminhamento de tráfego entre nós sensores, atuadores e gateways. SDN também é utilizada nas redes de longa distância onde recebe o nome de Software Defined Wide Area Network (SDWAN). Hoje, se utiliza SDWAN em redes híbridas terrestre/satélite, permitindo a criação de fatias que passam por terminais e gateways satelitais. Um recurso fundamental para viabilizar as novas constelações de orbita baixa, dado que os terminais mudam de satélite periodicamente devido a variação de cobertura. Em resumo, SDN permite a criação de operadoras virtuais que contratam dinamicamente redes físicas como serviços. Alguns projetos já demonstraram a criação de fatias físicas para prover operadores virtuais em 90 minutos. Ou seja, em 90 minutos toda a infraestrutura física é reservada e configurada para atender um operador virtual. Tudo via software, com o mínimo de intervenção humana.

O que mais existe de SDN além do OpenFlow?

Existem muitas outras abordagens. Mas, uma que gostaria de comentar aqui é a Programming Protocol-Independent Packet Processors (P4). P4 é uma solução para configurar o plano de dados de comutadores de pacotes em hardware. Para tanto, oferece recursos de parser de cabeçalhos e tabelas Match-Action, que servem para identificar fluxos de pacotes e aplicar ações correspondentes. Permite também criar uma interface no plano de controle conforme a estrutura do plano de dados implementada no comutador de pacotes.

Nesse momento, você deve estar se perguntando qual a relação entre P4 e OpenFlow? A resposta é que um comutador OpenFlow pode ser criado usando P4. Enquanto o OpenFlow é um protocolo que permite popular um conjunto de tabelas padronizadas implementadas em hardware em um comutador compatível que segue uma estrutura padrão para o plano de dados, o P4 endereça a necessidade de programar o plano de dados livremente, permitindo que programadores definam como os comutadores processam pacotes, que tabelas são mantidas e como é a interface que deve ser usada para popular as tabelas. As tabelas podem ser populadas por um controlador ou por um OS local. Assim sendo, OpenFlow é um dos muitos programas possíveis em P4, descrevendo como o encaminhamento no plano de dados funciona e que interface deve ser usada para popular as tabelas dos comutadores. P4 abre a possibilidade de criarmos inúmeros protocolos de controle de rede, definindo sintaxes e semânticas ajustáveis via troca de firmware em equipamentos que suportem P4. O Barefoot Tofino é um dos comutadores P4 disponíveis hoje no mercado [2]. P4 hoje faz parte da ONF.

Um exemplo de aplicação do P4 é na 5ª geração de comunicações móveis (5G). De forma geral, o encaminhamento eletrônico de tráfego do 5G pode ser implementado usando P4 tanto na RAN, quanto no core. Comutadores genéricos poderiam encaminhar tráfego heterogêneo vindo de diversas redes de acesso. Isso permitiria que tráfegos heterogêneos provenientes de Internet das Coisas, redes anteriores (3G/4G), redes industriais, smart grid, etc. fossem acomodados através de comutadores expansíveis implementados em P4. Nesse momento, estou trabalhando em um projeto de pesquisa com P4 no Information and Communications Technologies (ICT) Lab. do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí, MG. O projeto integra 4 arquiteturas de Internet (a corrente que usa TCP/IP, e três alternativas: NovaGenesis, ETArch e NDN) via um comutador P4. O parser desse comutador identifica qual a pilha de protocolos de um dado pacote, entregando os pacotes para a implementação do plano de dados correspondente. Nesse projeto denominado Future Internet Interconnection Point (FIXP), os comutadores encaminham tráfego de diversas pilhas de protocolos em paralelo. Se não existem regras para encaminhar um certo pacote, um controlador que implementa o plano de controle correspondente é acionado. Veja o artigo desse trabalho na referência [3]. O projeto chama-se: “Alavancando a Internet do Futuro no Brasil através da Coexistência e Interconexão de Múltiplas Arquiteturas” (2015/24518-4). Ele é financiado via um acordo de cooperação científica e tecnológica entre FAPESP, MCTIC e CGI.

Como funciona a SDN tecnicamente falando?

O paradigma SDN de Shenker et al. [1] baseia-se na premissa de que nunca desenvolvemos as abstrações certas para o trabalho em rede. Assim, a SDN propõe quatro abstrações para simplificar o controle de rede: (i) encaminhamento; (ii) redução dos estados distribuídos; (iii) configuração; e (iv) especificação. A abstração de encaminhamento engloba um modelo de encaminhamento de pacotes flexível, controlado por software. A abstração de redução dos estados distribuídos compreende um programa de controle centralizado que opera sobre uma visão resumida da rede. Isso evita a complicada abordagem de estados distribuídos usada hoje em muitas redes. Ou seja, muitas implementações distribuídas do plano de controle. A saída do programa de controle é um mapa de configuração da rede. Para criar a visualização de rede necessária, é utilizado um sistema operacional de rede (em Inglês, Network Operating System ou NOS). O NOS se comunica com o equipamento de encaminhamento para obter informações do estado, bem como para enviar controles - a realização da abstração de configuração. A abstração da especificação permite a geração de configurações abstratas (virtuais) para dispositivos e redes. Essas configurações abstratas precisam ser mapeadas para as físicas. É assim que são criadas as fatias das redes físicas.

Um comutador OpenFlow implementa um pipeline de pacotes que contém uma ou mais tabelas de fluxo, cada qual composta de múltiplas entradas. O pipeline especifica como os pacotes interagem com essas tabelas. Quando processado por uma tabela de fluxo, o pacote é comparado com as entradas dessa tabela visando selecionar uma entrada adequada. Se uma entrada de fluxo for localizada, o conjunto de instruções incluído nessa entrada de fluxo é executado. Estas instruções podem direcionar explicitamente o pacote para outra tabela de fluxo, onde o mesmo processo é repetido. Se a entrada de fluxo correspondente não direcionar pacotes para outra tabela de fluxo, o processamento de pipeline termina nesta tabela. Quando o processamento do pipeline é interrompido, o pacote é processado com seu conjunto de ações associadas e encaminhado para a saída. Em resumo, os pacotes são classificados conforme entradas na tabela. Ocorrendo correspondência a uma delas, o pacotes recebe então as ações associadas a essa entrada.

O controlador OF pode controlar tabelas em switches físicos e/ou virtuais, e.g. OpenvSwitch. O ciclo de vida de entidades virtuais passa pela configuração de fatias de rede, que são criadas via configuração de encaminhamento em tabelas de fluxo. No meu próximo artigo vou mostrar como um orquestrador de arquitetura Network Function Virtualization (NFV) ou outras aplicações interagem com um controlador SDN para refletir configurações necessárias das aplicações no encaminhamento da rede virtual. Vou discutir a virtualização de funções de rede e como SDN e NFV trabalham em conjunto, quais os impactos disso nas operadoras de telecomunicações e para onde estamos indo com o 5G.

* Antonio Marcos Alberti é engenheiro, professor, coordenador do Information and Communications Technologies (ICT) Laboratory do Inatel e programador C/C++. É doutor em Eletrônica e Telecomunicações pela Unicamp e pós-doutor pelo Electronics and Telecommunications Research Institute (ETRI) da Coréia do Sul. Autor de mais de 100 artigos científicos. Já ministrou mais de 60 palestras sobre tecnologia e suas disrupções, incluindo HackTown, Futurecom, Exponential Conference, QCon, TEDxInatel, Pint of Science, Ciência no Boteco, etc. Colunista do Olhar Digital, EngenhariaÉ e Futurecom. Pai da arquitetura NovaGenesis. Contribuiu para documento de requisitos para Internet do Futuro na Coréia do Sul e nas discussões iniciais do Plano Nacional de M2M/IoT. Hacker de tendências e consultor.

Referências:

[1] ONF, Open networking foundation (2012). URL: www.opennetworking.org

[2] Barefoot Tofino. URL: https://barefootnetworks.com/products/brief-tofino/

[3] WPEIF 2019, X Workshop de Pesquisa Experimental da Internet do Futuro (10: 2019: Gramado, RS), URL:  http://sbrc2019.sbc.org.br/wp-content/uploads/2019/05/wpeif2019.pdf

Como conquistar o consumidor 4.0

Article-Como conquistar o consumidor 4.0

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Sua empresa está preparada para atender o novo perfil do consumidor? Chamado de consumidor 4.0, além de ser altamente informado, socialmente conectado, sensível a preços, ter confiança nos outros usuários e gosto por se autopromover, agora ele traz novas habilidades que merecem ser percebidas – e atendidas.

Características do consumidor 4.0

- Coparticipação: os clientes não querem ser só ouvidos, mas sim serem envolvidos nos processos;

- Transparência: o consumidor espera estar comprando de uma empresa que fala a verdade em todos os âmbitos;

- Ativismo social: cada vez mais, espera que as empresas façam algo que esteja além das suas expectativas, preconceito ou atitudes que não sejam socialmente aceitas causará um impacto extremamente negativo para a imagem da empresa.

Conquistando o consumidor 4.0: dicas

Crie um relacionamento de qualidade

Estreitar a relação com seus clientes nunca foi tão necessário. E essa relação deve ser mais pessoal possível para então entender suas reais necessidades.

"Ao longo dos últimos anos a gente tem mais visto o empoderamento do consumidor. Ele passa cada vez mais a escolher os produtos e serviços, que vai adquirir, baseado na experiência que ele tem com cada marca", afirma Albert Deweik, CEO da NeoAssist.

Otimize a jornada de compra

Outro ponto importante é oferecer um bom atendimento em todas as etapas da jornada de compra. "Invista na estrutura do site, confira se você tem em estoque todos os produtos, posicione o cliente sobre todas as etapas da compra, até a entrega. Dessa maneira, você demonstra que ele é importante para a sua empresa", afirma Eduardo Fonseca, CMO da DIWE.

Personalização de ofertas

Segundo estudo realizado nos Estados Unidos pela Segment com mais de 1000 consumidores, 49% compraram itens que não pretendiam adquirir, por causa de recomendações personalizadas da marca com quem eles estavam se relacionando naquele momento.

O uso da tecnologia e de CRM permite que empresas consigam identificar oportunidades de crescimento baseadas no comportamento dos consumidores, melhorando a experiência de consumo de cada cliente, a integração dos canais de atendimento ao cliente, a otimização de processos e fidelização de clientes.

Domine a audiência e encante seu cliente

No ambiente e-commerce, o foco do lojista deve estar no público-alvo e não no produto ou serviço. "O consumidor está em busca de soluções e proporcionar uma experiência satisfatória no comércio eletrônico envolve todo um planejamento para estreitar relacionamento com esse potencial cliente, com um perfil que se assemelhe ao da marca", afrma Alfredo Soares, fundador da Xtech Commerce.

Segundo Soares, vale lembrar que a estratégia não acaba na venda, já que a fidelização do cliente é tão importante quanto atraí-lo. O famoso 'pós-venda' precisa ser impecável, pois ao proporcionar uma excelente experiência ao usuário, você vai encantá-lo. "É quando ele passa a ser um embaixador da sua marca, começando a recomendá-la a outros potenciais leads que, como ele, procuram soluções que sejam satisfatórias e confiáveis", explica o empreendedor.

Portanto, o que vai determinar o sucesso para conquistar esse novo consumidor é a junção de estratégias pensadas para o ele, estabelecendo conexões sólidas e duradouras, em que o consumidor se identifique com a sua marca.

Como definir o melhor momento para buscar um investidor anjo

Article-Como definir o melhor momento para buscar um investidor anjo

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Segundo dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o Brasil possui mais de 6 mil startups. Em 2018, o país ganhou seus primeiros unicórnios – termo dado para as startups que passam a valer mais de US$ 1 bilhão. Recentemente, a Loggi também entrou para este time, após após uma rodada de investimentos de 150 milhões de dólares feitos por SoftBank, Microsoft, GGV, Fith Wall e Velt Partners.

No entanto, criar uma startup demanda muita dedicação do empreendedor e é preciso passar por várias etapas de desenvolvimento antes de buscar um investidor anjo, algo que muitos sonham, mas pouquíssimos, de fato, conseguem. Para se ter uma ideia, em 2018, somente na rede Anjos do Brasil, de 800 projetos submetidos apenas 20 receberam um aporte.

Mas como saber se esta é a hora certa de buscar um investimento anjo? Confira algumas dicas listadas neste artigo.

Respeite as etapas da startup

Uma das principais questões a se perguntar é se a sua startup passou a primeira etapa, ou seja, já deixou de ser uma ideia para se tornar, de fato, um projeto. “Nessa etapa, o empreendedor já deve ter o conhecimento básico sobre mercado onde irá atuar. Algumas dessas noções englobam, por exemplo, qual o diferencial do seu produto/serviço no mercado e qual a solução que ele traz”, indica Maria Rita Spina Bueno, diretora executiva da Anjos do Brasil.

Ao se tornar um projeto, o empreendedor começa a modelar o seu negócio, entendendo qual o aporte necessário a ser obtido para alcançar determinado objetivo e estabelecimento de uma estratégia de mercado de curto prazo.

Depois, há a etapa de operação – a hora da mão na massa. Aqui, os planos já foram colocados em prática e há ao menos uma primeira versão do produto ou serviço sendo testado no mercado. “Com ele, será possível entender quais mudanças serão necessárias, os desafios que devem ser superados e o que já está dando certo”, explica a profissional. Para ela, este é o melhor momento para procurar um investidor anjo.

No entanto, é preciso ficar atento. Afinal, quem precisa de capital imediato pode se decepcionar com esta modalidade de investimento. “Isso leva tempo, podendo chegar a meses para, enfim, fechar o negócio entre o investidor-anjo e o empreendedor”, diz.

Investimento anjo requer paciência

A executiva explica que a busca por um investimento anjo é uma ação a médio-longo prazo, pois é porque é preciso estabelecer uma relação de confiança entre investidor e empreendedor. “Há também motivos mais técnicos que demandam tempo, como o processo de Due Diligence. Dessa forma, podemos até considerar a etapa da operação como a mais adequada para procurar o investimento anjo, desde que fatores específicos de cada empresa sejam considerados e, principalmente, a questão do tempo”, comenta.

O segmento de investidores anjo trabalha com 50% de mortalidade das startups nos primeiros dois anos de operação após investimentos realizados e apenas 10% das empresas realmente atingem um crescimento significativo depois de cinco anos. “Aplicar objetivamente o plano de crescimento definido, acompanhando indicadores e resultados, é o grande segredo para sucesso da startup”, ela finaliza.

Pagamento por aproximação pode crescer no Brasil

Article-Pagamento por aproximação pode crescer no Brasil

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Tecnologias contactless já representam mais de 40% das operações de pagamento na Europa. Na Austrália, outro mercado em destaque, aproximadamente 90% dos pagamentos são feitos com o uso de cartões e gadgets habilitados ao pagamento à distância.

Aqui no Brasil, este tipo de tecnologia começa a tomar seu lugar. Grandes carteiras digitais como Samsung Pay, Apple Pay, entre outros, já oferecem o serviço. “De fato, nosso país ainda está longe de apresentar números como os do mercado internacional. A expectativa, porém, é que esse cenário mude rapidamente nos próximos anos, à medida que as ofertas amadureçam e conquistem a simpatia e atenção dos consumidores”, afirma Rodrigo Ladeira, diretor de Marketing da Ingenico para América Latina.

As projeções da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) indicam que o volume de transações com cartão de crédito e débito no Brasil deverá crescer 17% este ano e é esperado que as opções contactless representem uma boa fatia desse crescimento, ampliando sua presença no total de operações. Hoje, o pagamento sem contato é responsável por menos de 5% de todas as transações ao redor do país e a expectativa é que essa quantidade mais do que dobre até 2020.

Tecnologia contactless e suas oportunidades no mercado interno

Ladeira conta que há uma estimativa de que mais de cinco milhões de cartões preparados para o pagamento por aproximação já estejam em circulação no ambiente nacional. “Além disso, quase 70% das máquinas de pagamento contam com a tecnologia NFC (Near Field Communication), necessária para a conclusão das transações. Sendo assim, o que impede, então, a massificação desse tipo de serviço no Brasil?”, indaga.

Para ele, dois pontos são importantes para que se possa fazer uma análise correta: conscientização e praticidade.

“Em relação à conscientização, podemos citar o trabalho realizado na indústria, com a construção de terminais cada vez mais inteligentes e seguros. O pagamento sem contato exige a transmissão de dados via radiofrequência, definido diretamente por padrões de alta segurança, com criptografia e uso de recursos inteligentes (incluindo Inteligência Artificial) que visam evitar ameaças, incluindo fraudes e clonagens”, explica o profissional.

Já sobre a praticidade, Ladeira aponta que a inovação aberta cria oportunidades de novos dispositivos. “A inovação aberta pelos meios de pagamento sem contato inclui a possibilidade de criar dispositivos vestíveis (wearebles) mais funcionais, indo dos atuais relógios às roupas inteligentes e adesivos. Ampliar a gama de opções é uma grande notícia para toda a cadeia de negócios, tornando mais rápida a experiência nas lojas físicas, por exemplo”, diz.

Assim como outros países, o Brasil está na rota da evolução dos meios de pagamento e é importante construir um ambiente eficiente, em que a aceitação desse tipo de tecnologia cresça conforme a melhoria real da experiência dos consumidores. “Estamos avançando e, aos poucos, novos devices chegarão ao mercado, agregando inteligência, comodidade e segurança à nossa vida. São essas inovações, afinal, que irão tornar o pagamento por aproximação tão comum quanto passar um cartão e digitar uma senha”, finaliza.

Uso de tecnologia para melhorar a mobilidade urbana: um case de SP

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Há anos que a mobilidade urbana começou a se tornar um problema. A má infraestrutura das cidades, o crescimento populacional e a superlotação das vias pelos carros pessoais vêm, cada vez mais, travando o ir e vir dos cidadãos. A falta de planejamento é um dos principais motivos para que a mobilidade urbana seja uma dor de cabeça dos grandes centros do Brasil.

Construídas e projetadas tendo em vista as perspectivas de 50, 60, 70 anos atrás, as cidades sofrem com a quantidade de carros em suas vias. O impacto é direto não só no dia a dia da população, mas também na logística comercial e industrial.

E a questão extrapola ao mérito da quantidade de carros nas ruas, afetando outros setores.

A segurança pública, por exemplo, tem dificuldade de monitorar todos os locais — ou mesmo chegar neles. Ainda que os profissionais se desdobrem para atender os chamados, às vezes alguns minutos a mais de demora podem impactar um acidente.

A população também sofre. A precarização da mobilidade urbana os impede de ter uma rotina confortável de trajeto para o trabalho, por exemplo, mantendo-os por horas à fio no trânsito.

Na verdade, o engarrafamento é um dos piores sintomas da má mobilidade urbana. Além de afetar a saúde das pessoas e aumentar os níveis de estresse, eles afetam a economia. Segundo estudo de 2015 sobre o tema, o tempo desperdiçado em trânsito impediu que o PIB brasileiro crescesse 2,83%. Em valores da época, a perda significa a quantia de R$ 156,2 bilhões.

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Diante de todos esses fatos, como elaborar uma solução? Afinal de contas, como o poder público e privado vão conseguir driblar as limitações estruturais das cidades para renovar a mobilidade urbana?

Uma resposta exata não existe. O que existe, felizmente, é o meio: a tecnologia.

 

Como a tecnologia pode revolucionar a mobilidade urbana?

 

Desde que o desenvolvimento tecnológico assumiu a escala global, empreendedores e empresas trabalham em soluções que se adequem à realidade das cidades.

Tecnologias como IoT (Internet das Coisas), cloud computing, inteligência artificial, machine learning, big data e outros estão sendo inseridas no dia a dia das cidades.

O que essa malha de tecnologias gera? Automatização dos processos, que agiliza na solução de problemas e, principalmente, reduz custos. Mas afinal, onde tudo isso pode ser aplicado?

Em tudo: da iluminação pública ao controle de água e esgotos. É exatamente daí que vem o conceito de smart cities: cidades inteligentes que usam aplicativos, softwares e hardwares para realizar e controlar sua gestão social, amparados pelo big data e aplicados ao contexto atual do lugar.

 

Case de mobilidade urbana em SP

 

Um exemplo de passo certeiro em direção a um futuro mais tecnológico e com melhor mobilidade urbana vem da Compex Tecnologia. A empresa, com 20 anos de mercado, fechou uma parceria com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo) que prometia revolucionar a mecânica da coleta de dados de veículos infratores.

Dito e feito: com a solução, que se integra a um aplicativo da CET, a rapidez na coleta e envio de dados para o data center da empresa aumentou. E para completar, todo processo de notificação das infrações ficou ainda mais eficiente.

A execução desse inovador método de trabalho só foi possível com a composição de equipamentos disponibilizados pela Compex. O coletor de dados Point Mobile ajudou os profissionais a realizarem uma coleta de dados segura, ágil e que chegasse ao banco de dados da CET. A impressora móvel da Sewoo completava a integração, imprimindo os comprovantes que seriam utilizados para as notificações.

Este case só mostra como a integração de soluções tecnológicas pode ajudar o poder público a contornar velhas limitações para melhorar a mobilidade urbana nas cidades. E, se a solução ajudou São Paulo, uma das maiores cidades do mundo, com certeza pode ajudar quaisquer outras.

E você, como acredita que a tecnologia pode ajudar a melhorar a mobilidade urbana? Deixe seu comentário logo abaixo!

 

*Este é um publieditorial sob responsabilidade de Compex

 

3 benefícios da transformação digital na área da saúde

Article-3 benefícios da transformação digital na área da saúde

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O setor da saúde também está sendo impactado pela transformação digital em toda a América Latina.  Segundo dados da IDC, o investimento em tecnologias na região deve atingir US$ 1.931 milhões em 2022. Por outro lado, tanto os sistemas públicos quanto os privados enfrentam desafios complexos, como as mudanças demográficas e o aumento da obesidade na população.

Com processos ultrapassados e muita burocracia, o sistema de saúde acaba com custos maiores – o que reflete no bolso da população. Mas com a transformação digital, este cenário pode mudar, fazendo com que haja a otimização do tempo de deslocamento do paciente pelos hospitais, além de auxiliar na eficiência do trabalho dos médicos, desde o registro inicial até a alta.

Confira agora três benefícios da transformação digital na área de saúde.

1: Trabalhar de forma mais inteligente e colaborativa

A informação ao paciente deve ser rápida e assertiva. E para isso, a recomendação de Bill García, diretor da Vertical de Saúde da Ricoh América Latina é garantir que os fornecedores estejam conectados e se comuniquem facilmente. “Assim, os pacientes recebem um melhor atendimento, de forma mais eficiente e descomplicada”, explica.

Ele também pontua que a transformação digital garante uma comunicação efetiva. “Os sistemas de assistência médica se concentram no gerenciamento de custos e os serviços compartilhados ajudam a obter menores custos, ao mesmo tempo em que dão suporte aos médicos no atendimento ao paciente”.

2: Digitalizar com uma infraestrutura otimizada

Os sistemas de saúde precisam de uma infraestrutura e serviços escaláveis, que possam lidar com maior largura de banda, armazenamento e outros recursos de desempenho.

“A computação em nuvem é um ótimo recurso, já que possibilita acesso remoto, em tempo real, e se adapta facilmente às necessidades do usuário, sem limite de logins por vez”, afirma o profissional. Dessa forma, o gerenciamento de informações se torna assertivo, rápido e fluído, além de trazer uma maior segurança para os dados críticos.

3: Garantir integração e consolidação eficientes

García afirma que embora os sistemas de saúde continuem a usar fusões e aquisições como uma forma de operar com mais eficiência e rentabilidade, ainda enfrentam os desafios da integração, desde a padronização até a gestão da marca.

“Com a digitalização, essa padronização de processos e fluxos de trabalho será ágil, pois haverá a eliminação de redundância de dados e acúmulo de informações imprecisas, bem como a criação de uma experiência de usuário unificada e humanizada”, diz.

Não há dúvidas de que estas tecnologias facilitam a rotina dos hospitais e companhias, principalmente na captação e no gerenciamento das incontáveis informações recebidas e capturadas por dia, reduzindo o risco e possibilitando melhorias contínuas no atendimento e na experiência do paciente.

Plataformas digitais ganham força: como alcançar os desbancarizados

Video-Plataformas digitais ganham força: como alcançar os desbancarizados

Ao contrário do que a realidade pode aparentar, o número de pessoas sem uma conta no banco só aumenta. Os desbancarizados, como são conhecidos, são um grupo considerável: cerca de 60 milhões de brasileiros, que movimentam R$ 665 bilhões ao ano, segundo dados do IBGE.

Esse valor, por si só, é maior que o PIB da Colômbia e Chile somados.

Ou seja, uma grande fatia do mercado que escolheu se afastar dos bancos e apostar em métodos mais práticos de pagamento (à vista, com cartões pré-pagos) e poupança (em residência, em cofres pessoais).

Desbancarizados: por que as pessoas se afastam dos bancos?

Os motivos vão muito além da falta de dinheiro. Na verdade, os desbancarizados consideram tudo, como as taxas cobradas por bancos tradicionais, como anuidade e as tarifas de cada transação feita.

Experiências ruins são grandes influenciadoras dessa decisão, como a demora nas filas. Ingrid Barth, diretora da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), elenca outros motivos:

 

“Falta de praticidade é apenas uma das justificativas. Muitas pessoas não têm conta bancária, pois não se sentem bem recebidas, não sentem que os produtos foram feitos para o seu perfil (ou foram feitos para uma classe social acima), não veem valor nos custos de se manter uma conta, não se sentem bem atendidas”

 

Mas nem sempre cabe às pessoas intitularem-se de desbancarizadas. São várias condições que as influenciam. Muitos deles, por exemplo, sequer contam com uma agência bancária em sua região. Além disso, os bancos tradicionais não costumam facilitar a abertura de contas à pessoas endividadas (inadimplentes) ou com crédito negativo.

 

Tecnologia: o meio para resgatar os desbancarizados

Com a ampla democratização de smartphones e acesso à internet, a tecnologia aparece como uma salvadora para que instituições financeiras recuperem a confiança dos desbancarizados.

Com um produto totalmente digital e a filosofia de cobrar poucas (ou nenhuma) taxas, o serviço já atrai a atenção daqueles que ansiavam por algo que operasse de forma mais flexível que bancos tradicionais. Esses últimos, na verdade, não estão atrás na corrida. Muitas das fintechs atualmente contam com a parceria de grandes bancos e empresas financeiras, que buscam incrementar seus produtos principais.

Como foi mencionado em um artigo anterior, a Visa conta com plataformas de desenvolvimento espalhadas pelo mundo, dedicadas a criar e prototipar soluções tecnológicas para seus produtos, entre outras funções.

O meio online, aliás, já se configura como um facilitador para esse grupo, que costuma concentrar seu consumo nesse ambiente.

Com as praticidades oferecidas nos e-commerces, os desbancarizados já realizam várias compras em sites, optando por pagamentos à vista (transferência ou boleto) ou em poucas parcelas.

Por isso, aplicativos e soluções digitais de pagamento alternativo (e móvel) começam a se popularizar.

Em um mercado tão efervescente, soluções não faltam — e principalmente, oportunidades para inovar, como Ingrid Barth avalia. Para a executiva, atingir os desbancarizados é, também, pensar em sua experiência e fazer parte dos mesmos ambientes digitais que eles. “Com relação ao atendimento via aplicativos e redes sociais, o setor tecnológico pode prover uma melhor e mais rápida experiência aos clientes. Além de muitas vezes possibilitar redução de custos e uma melhor análise do perfil do usuário, que será a chave para a construção de novos produtos e serviços inovadores” afirma Barth.

De forma geral, o desafio é reverter questões centrais que estimulam o aumento do número de desbancarizados: taxas, distância e burocracia.

Soluções fora do ambiente digital, existem?

De um ponto de vista mais tradicional, grandes lojas e varejos também exploram o nicho. A solução? Os cartões de loja, que ficaram mais comuns nos últimos anos. Barth considera essa uma alternativa bastante válida para se relacionar com os desbancarizados.

“[A solução] ajuda também a entender o perfil de consumo e que conversa melhor com o público. Cria um link mais completo com o cliente, e a partir do momento que a pessoa se identifica, isso pode também ajudar na conversão de novas vendas e relacionamento” completa a diretora.

Alcançar os desbancarizados é um grande desafio, mas que pode ser feito de uma forma pragmática: analisando as brechas de atuação dos bancos tradicionais e criando soluções efetivas para resolvê-las.

Cada vez mais, as Fintechs trabalham para democratizar o acesso às soluções bancárias, levando mais pessoas à inclusão financeira.

Passos para que uma cidade desenvolva acessibilidade digital

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A acessibilidade digital é um dos maiores desafios para o poder público e também privado. Com tamanho uso de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, promover acesso e facilitar a interação digital se torna uma obrigação do governo e das empresas.

E se os planos para o futuro derem certo, ou seja, o desenvolvimento de cidades em smart cities, uma revolução na acessibilidade digital deverá acontecer.

Isso porque, quando falamos em cidades inteligentes, falamos em conexão. Plataformas e programas digitais responsáveis por realizar a gestão pública e também servirem de ponto de contato entre cidadãos e o governo.

Preparar a cidade para atender e alcançar a todos é o principal objetivo para garantir o pleno funcionamento de uma smart city.

Mas como implementar ações de acessibilidade digital?

Como o conceito, em sua maioria, está nos processos iniciais, não há um manual próprio. No entanto, algumas boas práticas podem ajudar a guiar os gestores que querem implementar a acessibilidade digital em suas cidades. Confira:

1. Apostar em parcerias com empresas de tecnologia

O início de tudo, para as cidades, vêm do interesse do poder público em promover uma gestão inclusiva, tecnológica e inovadora. Mas nem todas as soluções já existem ou mesmo são criadas pelo funcionalismo público. Portanto, é possível fazer parcerias com empresas e começar a trabalhar em soluções efetivas de acessibilidade digital.

2. Identificar as principais necessidades

O desafio é mapear todos os pontos a serem melhorados e também quais ações serão necessárias, já que há diversos tipos de deficiências que afetam diferentemente as pessoas. É necessário pensar em todas elas.

Além disso, é importante pensar na acessibilidade digital como uma onda: ela começa no poder público e deve se alastrar para todas as esferas da sociedade, como as empresas. Fazer isso acontecer é uma das grandes metas.

Nesse caso, os primeiros passos já foram dados com leis como a Lei de Acessibilidade, que instigam o poder privado em direção a um futuro mais integrado, em todos os níveis.

3. Adaptar os ambientes digitais existentes

Os sites da Prefeitura, secretarias e outros endereços digitais públicos do município podem ser uma boa porta de entrada para que as mudanças sejam aplicados. Todos eles devem sofrer mudanças para serem acessíveis a todos.

Em questões práticas, algumas cidades já começaram a promover ações para melhorar seus ambientes online. Cid Torquato, Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo, contou algumas das ações feitas em prol da acessibilidade digital:

“Estamos promovendo uma verdadeira revolução na oferta de recursos de comunicação inclusiva para a população com deficiência. A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência – SMPED lançou, em maio de 2018, o Selo de Acessibilidade Digital, que certifica sites e portais que cumprem com critérios de acessibilidade estabelecidos pelo Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) e as diretrizes de verificação previstas na Portaria nº 08/SMPED-GAB/2018. O objetivo do Selo é incentivar a consciência e a prática da acessibilidade na web em todo país e reconhecer as organizações que já tem sites e portais acessíveis” afirma Torquato.

Segundo o Secretário, essas iniciativas da Prefeitura de São Paulo garantem igualdade de oportunidade para pessoas com alguma deficiência, promovendo acesso amplo aos serviços e ao direito à informação.

Ou seja, é necessário que o próprio poder público tome as rédeas e fomente a revolução da acessibilidade digital.

Quais ações já existem no ambiente digital?

Além de certificações e guias de boas práticas a serem seguidos, como o WCAG (Web Content Accessibility Guidelines), há várias ações que podem servir de pontapé inicial para que cidades e empresas promovam maior acessibilidade digital.

São Paulo: Exemplo a ser seguido

No caso de São Paulo, o primeiro passo está quase concluído: que todos os sites da Prefeitura, Secretarias e Subprefeituras da cidade estejam acessíveis à pessoas com quaisquer deficiências.

“Em maio, todos os sites receberão o Selo de Acessibilidade Digital, um selo de excelência, certificando que a Prefeitura de São Paulo oferece à população a web pública mais acessível do país. Uma revolução que começa em casa, mostrando a todos a importância da acessibilidade na web e possibilitando acesso a todas as pessoas, além de incentivar outros entes públicos ou privados a fazerem o mesmo” comenta o Secretário.

No mais, paralelamente, diversas outras soluções se espalham pela internet. A hashtag #PraCegoVer é um exemplo. Aplicada em sites e redes sociais, é seguida pela descrição de uma foto ou vídeo, possibilitando que pessoas com problemas visuais entendam o contexto das postagens. Segundo Torquato, essa já é uma prática adotada pela Prefeitura de São Paulo.

“A disponibilização da ferramenta Hand Talk para tradução de textos de português para Libras, a inserção de legenda, janela de Libras e audiodescrição em um número crescente de vídeos e comerciais de televisão, e, de forma inédita, a utilização e promoção dos símbolos de acessibilidade comunicacional nas programações municipais” complementa o Secretário.

A acessibilidade digital é o sinônimo de uma gestão inovadora, inclusiva e sem limites. Para o poder público ou privado, bastam algumas ações e uma mudança no planejamento para que seu conteúdo atinja a todos, independente de suas deficiências.