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Avanço do Embedded Finance e o Banking as a Service no varejo

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Soluções financeiras oferecidas por empresas de fora do segmento estão em alta e devem seguir crescendo. Entenda mais sobre as vantagens e o cenário do BaaS no Brasil!

Uma recente pesquisa realizada pela Mambu em parceria com o Amazon Web Services apontou que o mercado de soluções financeiras ofertados por empresas que não fazem parte do setor bancário deve chegar a US$ 3,5 trilhões em transações no varejo global nos próximos dez anos.

De forma semelhante, o conceito de Banking as a Service, ou BaaS, vem ganhando cada vez mais espaço ao concretizar oportunidades para que empresas de segmentos variados atuem com produtos financeiros.

Com o tema “Varejo: terreno fértil para o Embedded Finance e o Banking as a Service avançarem”, o painel realizado durante a seção Future Payment do Futurecom 2022 buscou se aprofundar sobre esses pontos.

Alexandre Conceição, CEO e Head de Bank as a Service do Banco Original, e Fernando Tassin, Líder do Comitê para Meios de Pagamentos e Tendências no Varejo da Fecomercio-SP, foram os responsáveis pelo painel.

Confira abaixo o que os especialistas falaram ao longo deste encontro!

O funcionamento do Banking as a Service e as tendências do método para o futuro

Abrindo sua fala, Conceição relembrou que o conceito de Open Banking já teve outro significado diferente do atual, o que acabou sendo conceituado como um dos temas apresentados na palestra.

Open Banking significava um banco aberto, conectado, interoperável e integrado a qualquer plataforma. Esse conceito foi se desenvolvendo a partir de estruturas API no conceito que hoje conhecemos como Banking as a Service”, observou ele.

Falando mais sobre as APIs, as Interfaces de Programação de Aplicação, o CEO do Banco Original ilustrou o conceito em seu uso no segmento financeiro, apontando que no mercado é possível “tanto fornecer o produto digital quanto consumir o produto de alguém com base em API.”

Ele acrescentou: “No caso nós temos produtos que nós mesmos consumimos através de nossos clientes, mas também temos no mercado produtos que são vendidos para outras plataformas. E da mesma forma podemos consumir os serviços utilizando os produtos de outros consumidores.”

Conceição apontou que o mercado de BaaS está em alta, valendo hoje 2,4 bilhões de dólares, com estimativa de chegar a 11,34 bilhões de dólares em 2030 segundo uma pesquisa da Allied Market Research.

Segundo ele, este tipo de serviço que está na alma do Embedded Finance e do BaaS permite com que comerciantes do varejo tenham maior controle de seu caixa e recebam os valores de forma instantânea, enquanto para os clientes os serviços proporcionam uma experiência de pagamento mais simples e segura.

“A empresa cliente tem uma interface única de trabalho, um menor custo do meio de pagamento e o fluxo de caixa é antecipado, pois ela recebe tudo no mesmo dia”, reforçou.

As vantagens das soluções Embedded Finance e BaaS para varejistas e clientes

Na sequência do painel, Fernando Tassin, da Fecomercio-SP, apontou o exemplo de grandes varejistas que criam seus próprios sistemas de pagamento, mas apontou que tal realidade ainda é distante para pequenos e médios comerciantes.

“Quando a gente olha microempreendedores individuais, o PIX já representa 50% das vendas que eles fazem, então já estão substituindo boleto pelo PIX. E quando você compara 4% de uma operação, na prática ele não é seu fornecedor, ele é seu sócio”, observou ele.

Prosseguindo em seu raciocínio, Tassin observou que esses varejistas de menor porte têm no BaaS uma oportunidade de diminuírem seus custos operacionais e, por consequência, atraírem mais clientes. Ele explica:

“Quando você oferece esse serviço e agrega valor, você desonera o varejista. A visão que temos na Fecomercio é que não existe meio de pagamento prioritário para o consumidor. O que precisamos garantir é que tenha complemento de pagamento para ele.”

Ainda segundo Tassin, apesar do grande avanço do PIX desde sua implementação, em 2020, ainda há desvantagens em comparação com o cartão de crédito, que oferece a possibilidade de parcelamentos e benefícios como cashback ou milhas.

“Outro ponto que vem para agregar é o Real Digital, que é programável. Você escolhe onde a pessoa vai usar o dinheiro, então se eu sou um varejista e quero dar um cashback em Real Digital, eu posso programar que o valor só seja usado dentro da loja, criando lastro e dando segurança para o consumidor”, destacou.

Novas funcionalidades do PIX como vantagens para a democratização dos novos serviços financeiros

Na parte final do painel, Alexandre Conceição comentou que novas funcionalidades como o PIX Saque e o PIX Troco já trazem vantagens aos usuários que se refletirão também para os varejistas e comerciantes.

“Isso traz uma eficiência financeira para o estabelecimento, que vai ser revertido em atendimento e custo melhor para o cliente. Existem outras funcionalidades, como o saque troco, que já está regulamentado, e que você pode sair com a nota a custo zero já do estabelecimento”, analisou.

Tassin vai de encontro à visão do colega, lembrando que 20% dos celulares do Brasil ainda utilizam a rede 2G, assim como o fato de que a mesma fatia da população brasileira recebe seu pagamento em dinheiro vivo.

“Você imagina se a pessoa está numa região mais afastada, com tecnologia 2G, sem agência bancária na cidade. Como a gente movimenta o varejo dessa cidade? Em muitas cidades o prefeito dá feriado para que a pessoa vá até a cidade vizinha, saque o dinheiro para pagar as contas”, comentou.

Ele continua: “A economia local da cidade não se movimenta. Então quando falamos de finanças embarcadas é permitir o PIX saque, ter o caixa eletrônico, boleto para quem preferir, então a visão do varejista de respeitar o cliente é fundamental.”

Finalizando o painel, Tassin destacou a importância de que os profissionais e instituições que atuam com soluções SaaS observem as necessidades reais de boa parte dos brasileiros, em especial em regiões afastadas das grandes capitais.

“Se a gente que é provedor de soluções de finanças e tecnologia não entender que isso é uma dor real, vamos achar que o Brasil é digital, mas ainda não é. Existe um volume crescente, é verdade, mas ainda existem muito a ser feito”, concluiu ele.

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