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Dados da E-Commerce Quality Index 2020, da Lett em parceria com a Opinion Box e a Neotrust, mostram que o e-commerce brasileiro registrou um crescimento de 50,10% em 2020, em comparação com o ano anterior.
Impulsionado pela pandemia, o segmento deu um salto e segue em expansão em 2021, com 17% atestando que nunca haviam comprado online antes e decidiram fazê-lo no primeiro trimestre do ano, de acordo com dados da Webshoppers divulgados pelo site Consumidor Moderno.
Os números são animadores, mas evidenciam também que, com maior fluxo de compras, aumenta também a temeridade com a cibersegurança. Diariamente, milhões de consumidores registram seus dados em diversas plataformas de vendas online. Uma brecha nesse sentido pode ser catastrófica, e é por isso que o tema da segurança virtual no e-commerce é tão importante.
Qual a importância da cibersegurança para o e-commerce?
Cauê Flaitt, especialista de e-commerce na BExpert, conversou conosco sobre o tema. Para ele, apesar de não ser tão percebida pelos usuários e até por alguns profissionais do setor, falhas de cibersegurança no e-commerce são tão prejudiciais quanto situações do mundo não virtual.
Um e-commerce sem segurança é o mesmo que deixarmos uma loja de rua com a porta escancarada sem vendedores com a senha do cofre escrita em um papel no balcão e um fio desencapado dentro do estoque", observa.
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Ele prossegue, explicando que, além das situações mais conhecidas, há outras situações que exigem atenção dos especialistas.
"Quando falamos em cibersegurança, o primeiro pensamento é em ataques e fraudes, mas não é somente isso. Não podemos esquecer de falhas técnicas que podem ocorrer por uma simples oscilação de rede fazendo com que o preço de um produto não seja atualizado e criando um prejuízo gigante a empresa. Existem dezenas, senão centenas, de ferramentas de mercado como antifraudes, Anti DDoS e plataformas de integração que podem nos ajudar com estes cenários."
O que a LGPD diz sobre a proteção de dados do e-commerce?
A Lei Geral de Proteção de Dados, também conhecida como LGPD, trouxe novas determinações para ajudar a manter os dados dos internautas a salvo no ambiente digital. Algumas de suas resoluções se aplicam também no e-commerce, onde, mais do que uma exigência, a cibersegurança é o diferencial para que o cliente sinta a confiança de comprar e seguir fiel à determinada loja online.
“Quem nunca recebeu um contato de um lugar ao qual nunca forneceu seus dados? São pontos comuns em coleta de dados no e-commerce, além do cadastro para a compra, listas de desejo, pesquisas e os famosos cookies”, explica Flaitt.
Ele prossegue, destacando a importância que a LGPD traz para que os consumidores saibam como a empresa lidará com seus dados após fornecidos para a compra de um produto ou serviço.
“A LGPD tem o objetivo de mudar a forma como os dados dos clientes são tratados, a fim de coibir o uso indiscriminado destes dados cadastrais. Com isso, o cliente tem direito de saber das empresas se elas possuem seus dados no cadastro e, caso ele forneça seus dados para um e-commerce, qual uso será dado para eles”, diz.
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Como proteger os dados do e-commerce?
Se conhecemos os riscos, é natural que também busquemos saber mais das soluções. Não é segredo que a cibersegurança é um aspecto de extrema importância no e-commerce, e não à toa os principais lojistas e especialistas desse segmento investem muito tempo e dinheiro para se especializarem e otimizarem suas barreiras de segurança.
Para Flaitt, "Existem diversas formas de proteger os dados no e-commerce, além das plataformas de e-commerce, onde muitas são inclusive complacentes com PCI, existem também plataformas para gestão dos dados (ERPs e CRM’s por exemplo) antifraude, firewall."
O representante da BExpert também comenta que, mais do que ter mecanismos de defesa apropriados, é preciso escolher os parceiros de negócio corretos neste sentido, fornecendo assim um serviço seguro e de excelência aos consumidores finais.
"O importante aqui é garantir que seus parceiros de negócio possuam uma excelente segurança, evitando assim ataques que possam ‘vazar’ ou roubar dados dos seus clientes", conclui ele.
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